A
Manigância da Guiné Equatorial
·
Domingos
Kambunji
O
Bolor tem razão. A entrada da Guiné Equatorial na CPLP provocou, em Portugal, um
terramoto de alta intensidade. Como consequência disso, os rios Tejo e Douro
passaram a nascer em Espanha, a água do mar ficou salgada, as praias marítimas
passaram a ter areia nas suas margens, o que impossibilita a plantação de
couves, a serra da Estrela resolveu crescer, como forma de protesto, atingindo
uma altitude de cerca de dois mil metros, os Açores e a Madeira decidiram
afastar-se para o Oceano Atântico e passaram a ser ilhas, os partidos da
oposição têm direito a tempo de antena na televisão nos debates sobre o
orçamento do Estado, os órgão de comunicaçao social não dependem das ordens e
dos caprichos do presidente ou do governo, o presidente não pode ocupar esse
cargo durante longas quatro décadas, as universidades não podem licenciar
analfetos sistémicos, como acontece com as Zédu dos Santos e a Agostinho Neto, o
jornalismo não pode ser exercido por individuos fanáticos com atrasos no
desenvolvimento mental, etc.
Esse
terramoto foi uma grande chatice para todos aqueles que pensam usando o
paradigma imposto pelo Movimento Protector dos Larápios de Angola, os tubarões
do BESA e de outras sucursais. Ainda
como consequência desse terramoto, os corruptores e as forças policiais, militares e
para-militares que cometerem crimes e abusarem do poder que lhes é concedido
podem ser julgados e condenados pelos tribunais.
Angola
goza de muito maior liberdade para a actividade dos cangaceiros e saqueadores e
não corre o risco de sofrer destes terramotos. Os esquadrões da morte angolanos
garantem a segurança dos que nesta terra continuam a matar a sede com o sangue
de muito mortos.
Angola
tem muito a beneficiar com a entrada da Guiné Equatorial na CPLP. Ambos os
países têm presidentes dinossáurios, pertencentes ao período “Cretinácio Maior”.
A “desmocracia” angolana pode continuar a inspirar-se na “desmocracia” da Guiné
Equatorial, para decidir “desmocráticamente”, no gabinete do Rei-Presidente, o
número de deputados da oposição que podem ocupar lugares no paraLamento. Nesse aspecto a Guiné Equatorial está muito
mais avançada do que a zeduardolândia: a Guiné Equatorial tem apenas um deputado
da oposição no paraLamento. Isso poderá servir como fonte de inspiração nas
próximas eleições “desmocráticas” angolanas, quando o Rei-Presidente decidir,
mais uma vez, quantos lugares serão para os bajuladores e quantos serão
atribuídos à oposição. É conveniente de que não sejam muitos porque os partidos
da oposição defendem valores democráticos e esses ideais são inibidores da
continuidade do Feudalismo Cabritista em Angola.
Angola
e a Guiné Equatorial têm os principais Senhores Feudais entre os mais ricos do
continente africano. Esses Senhores Feudais, agora ainda mais, podem
reconfortar-se mutuamente devido à sua persistente e árdua actividade de saque,
para enriquecimento ilícito. (O kapiango é bastante cansativo, porque exige a
invenção de muitas estratégias para esconderem o kumbu.) Ambos os países possuem
elevadas taxas de analfabetismo e de pobreza. Angola pode servir de exemplo e de
alavanca no combate a este tipo de contratempo, ampliando a indústria de
produção e incubação de ovos de jacaré. A primeira bilionária africana possui
muita experiência neste tipo de actividade, porque iniciou a sua ascenção
empresarial como zungueira de ovos deste réptil.
O
Presidente Obiang assinou uma moratória que visa a abolição da pena de morte na
Guiné Equatorial. Ele sabe que isso não
é um impedimento para continuar a sua actividade cangaceira. Angola fez o mesmo mas, como todos sabem, as
leis não são um entrave para as acções de rapto, espancamento e desaparecimento
(leia-se fuzilamento) de todos os que incomodarem a Cleptocrcia imposta pelos
vencedores da Batalha do Kuíto-Carnaval.
Em
Portugal, de acordo com as estatísticas do Bolor, mais de um milhão de cidadãos,
em idade activa, estão no desemprego. Em Angola o número de desempregados, em
idade activa, é assustadoramente maior. Pouco mais de meia dúzia de diGestores e
Generais estão solidamente empregados na actividade furtiva, o que contibui para
um crescimento acentuado das injustiças sociais. As estatísticas angolanas são
efectuadas com muitas contas de sumir e subtramar.
Desenganem-se
os portugueses e outros cidadãos europeus, de países democráticos, que pensam
ser ainda possível exercer o saque na colónia de Angola. Nesta colónia dos
Fuziladores do 27 de Maio é impossivel a concorrência nas actividades de saque,
monopolizadas pelo Movimento Protector dos Larápios de Angola, acessorado pela
China, Rússia, Cuba… seguindo os princípios de caciquismo da Coreia do
Norte.
Entretanto,
no futuro, não ficaremos admirados se o único deputado da oposição no
paraLamento do Obiang vier a ser acusado pelo Bolor de desviar petróleo da Guiné
Equatorial e de ter oferecido os fósforos para atear as fogueiras da Jamba. Essa
será mais uma tentativa para desviar a atenção dos fuzilamentos e do saque
executados pelo Reigime de Luanda.
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