Perímetro
de Segurança dos Palácios
·
Domingos
Kambunji
Não
é de admirar que o pasquim oficial de Angola, dirigido pelo José Rio Beiro, não
tenha optado por fazer uma tradução em emepelês, distorcendo o discurso de Sua
Excelência o Presidente Barack Obama no Tributo a Nelson Mandela.
Não
é de admirar que o pasquim do Zédu não tenha dito que Sua xcelência o Presidente
Barack Obama agradeceu profundamente a sua excelência o rei-presidente José
Eduardo dos Santos e aos seus fiéis generais, a possibilidade de viajar
livremente para a África do Sul, graças à vitória dos cubanos no Ku-íto/Kar-na-val.
Não
é de admirar que o pasquim oficial dos cabritistas não tenha vindo a público
dizer que toda a conduta, a favor da harmonia, da paz e da fraternidade, do
Presidente Mandela, louvada por Sua Excelência o Presidente Obama, foi
inspirada nos ideais e foi o cumprimento das ordens superiormente imaginadas, planeadas
e implementadas por sua excelência o rei-presidente José Eduardo dos Santos.
Não
é de admirar. Ninguém acreditaria nessas balelas porque o Zédu está bastante
ocupado com as viagens ao dentista, em Barcelona...
Não
é de admirar que o pasquim oficial dos opressores tenha optado por publicar apenas
a tradução de uma pequena parte do discurso do Presidente Obama que, por ser de
todos conhecida, antecipadamente, apenas
serviu de introdução aos objectivos mais incisivos no uso da palavra do presidente
americano.
Não
é de admirar que o pasquim dos responsáveis por raptos, espancamentos e fuzilamentos, em
Angola, não tenha traduzido e publicado a parte do discurso do Presidente Obama
em que este “viola o perímetro de segurança do palácio presidencial do Zédu” e
de outros ditadores como ele que, infelizmente, continuam a enricar e a oprimir
em África e noutros continentes.
Não
é de admirar que o pasquim oficial dos Jacarés não tenha traduzido e publicado
a parte do discurso do Presidente Obama em que este critica e ataca
directamente os cleptómanos ditadores que se eternizam no poder, desrespeitando
os mais elementares princípios dos direitos humanos, persistindo no
encareceramento de presos políticos, reprimindo a liberdade de pensamento e limitando
o potencial de inteligência que os seres humanos possuem para viverem em
harmonia, com dignidade.
Não
é de admirar...
Não
é de admirar. Os órgãos de informação e propaganda oficial do reigime angolano
não pretendem vulgarizar a Democracia. Os papagaios do Zédu são pagos para
publicitar a demodemagogia.
Não
é de admirar. E é por tudo isto que os que foram capazes de escutar e entender
o discurso do Presidente Obama, em Inglês, não ficam admirados por o pasquim
oficial, dirigido pelo José Rio Beiro, não ter informado acerca da “violação do
perímetro de segurança do palácio presidencial” do rei-presidente Zédu.
Não
é de admirar que “a Guarda Presidencial não tivesse disparado as metrelhadoras...
Joanesburgo está bastante afastada de Luanda e fora do alcance das balas sanguinárias
dos seguranças zéduardinos. Os aviões, com ferugem e a vapor, da esquadra do
Zédu, não levantaram voo com receio de serem abatidos por uma fisgada dos
países democráticos e civilizados”.
O
Presidente Barack Obama, Prémio Nobel da Paz, regressou aos Estados Unidos
ainda mais vivo. Os caciques e cangaceiros angolanos, cada vez mais mortos e
afastados dos exemplos de humanidade do Presidente Mandela, merecem um maior desprezo
e o mais profundo nojo.
É por
estas e muitas outras razões que não é de admirar por o Zédu, o Putin ou o Raul
Castro não terem sido convidados para usarem da palavra no Tributo ao
Presidente Nelson Mandela.
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