Ei
João,
ainda
te sobrou alguma inspiração,
da tua
parca coerência intelectual,
para
escreveres mais um meloso poema sobre o cão
lambedor
das botas do patrão,
que
és tu, João?
Houve
gente que ficou aparvalhada
pela
maneira desbocada
como
criticas o cão
que
lambe as botas do patrão.
Essa
gente, com pouca instrução,
não
sabe, nada,
não
percebe que a agressão
é deslocada,
e o
teu alarmismo
refere-se
a ti, mesmo.
Até
à tua situação
de fanática
morbidade
gostas
de fazer publicidade.
Se
ainda tiveres alguma disponibilidade,
escreve
mais meia dúzia de poemas
sobre
as batalhas do Cuíto-Carnaval
mas
não escrevas sobre as enormes calemas
de dinheiro
roubado
que
têm desaguado,
em território
internacional,
nas
contas do Grande Senhor Feudal.
Quando
ele voltar a Barcelona,
pede-lhe
uma carona,
pode
ser que a remuneração,
por
lamberes as botas do patrão,
seja
melhor em território espanhol,
onde
é maior a quantidade de carcanhol
do
ordenado mínimo nacional.
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