Maria Preta de Angola
Maria
Preta, “a paz incomoda, sim”?
Mais
ainda, “incomoda a velocidade de cruzeiro
que o
desenvolvimento de Angola está a tomar”?
“E
aparecem os anti-patriotas,
que vivem
na sua maioria
fora do
país, a debitar disparates”?
Duvido que
o debitar disparates
sejam as
suas artes
e tenho a total certeza
de que
essa maioria, que a Maria Preta diz
viverem
fora do país,
pouco ou
nada têm para por na mesa
e habitam em
áreas sem dignidade social
dentro do
território nacional.
A Maria
Preta é um desses poetas dum raio
que sujaram
as mãos no 27 de Maio
e depois
lavaram os dedos e pegaram nas penas
e escreverem
os mais românticos poemas,
para que
os meninos do Huambo, à volta da fogueira,
viessem a
ter um futuro viciados na bebedeira.
Maria
Preta, nem com toda a penicilina
em ti me
poria em cima.
Maria
Preta, levanta o cu do chão
e fecha as
penas aos sipaios do soba da corrupção
porque, com
tanta pinga,
já tresandas
demasiadamente a Katinga.
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