A outra margem
Eu
vou para a outra margem
em busca
da viagem
que
me negaram aqui.
Tantas
vezes morri,
acreditando
que chegaria o momento
de terminar
o sofrimento
e gozar
a felicidade
de viver
em liberdade.
Morri
na minha terra,
vítima
dos arsenais de guerra
dos
donos da cidade.
Morri
no meu universo
devido
ao efeito perverso
dos
que mentalizam as meninas e os meninos
de que
são os donos dos seus destinos
e
só eles sabem o que é o bem.
Quando
eu chegar mais além,
nesta
meu lugar de todos e de ninguém,
desembarcarei
no local de partida
para
as muitas realizações de vida.
Os
donos das cidades
serão
escorraçados, humilhados,
ao serem
desmascarados
pelos
excessos de inverdades.
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