O
Comandante-Chefe não é Líder
·
Domingos
Kambunji
Um
chefe do Grupo paraLamentar do MPLA regressou recentemente com a publicação de
mais um enorme texto, num órgão de Cumunicação Oficial, recheado de sofismas e
inverdades históricas. Ele tem uma enorme tendência para pensar disparate e
quanto mais se alonga no seu discurso maior é o número de bacoradas e defeitos
de formação científica que evidencia, no seu fluxo de pensamento cheio de
catinga. A grande anedota que apresenta neste último monólogo, muito longo,
repetitivo da sua habitual lenga-lenga de incoerência, reside na apresentação do
MPLA com uma liderança visionária. Seria mais coerente e verdadeiro apresentá-lo
como um partido com uma alcateia salafrária.
Esse Chefe do Grupo paraLamentar não sabe, nem é capaz de aprender, o que
é Liderança, o que é Visão e o que é Missão. Se o Chefe do Grupo paraLamentar é
assim, imaginem como serão os seus subalternos!...
Que
visão tem uma “liderança” que, oportunísticamente, troca de visão como quem muda
de camisa? Isso não é liderança, está muito longe de o ser, é apenas uma
cataventica chefia com uma missão: ocupar o cleptómano poder, pelo período de
tempo mais prolongado possível, sem uma visão honesta, coerente, adulta,
altruísta e civilizada e com uma actuação déspota.
É
triste, muito triste, quando alguém que se apresenta como professor
universitário, constitucionalista, jurista e parlamentar e não passa de um reles
paraLamentar, com uma visão matumba e uma missão bajuladora e oportunista.
Talvez a sua eloquência seja suficiente para satisfazer os chefes das “Faz de
Conta” universidades emepelianas de Luanda e arredores, não os verdadeiros
académicos, os que apresentam honestidade intelectual, reconhecidos
internacionalmente. Este tipo de assimilados que prestam serviço na Universidade José
Eduardo dos Santos e na do outro que foi seu antecessor na ditadura, revelam um
narcisismo demasiado confrangedor, patego, patético, sanzaleiro, matumbo.
Nós
fomos aprender os conceitos de Visão, Missão e Liderança, na gestão de empresas,
em todos as áreas das Ciências Sociais e empresariais, num sistema académico que
possui o maior número de universidades no ranking das dez melhores a nível
mundial. Sem qualquer megalomania, com a maior simplicidade e humildade,
sentimos bastante pena dos alunos que estão a ser ludibriados pelos professores
das universidades cabritistas do sistema de ensino do Catambor. Estas
universidades nem sequer conseguem estar entre as cem melhores do continente
africano. Sentimos um enorme dó e uma grande preocupação pelos alunos que são
diplomados por estes demagogos, analfabetos sistémicos, que vão acumulando
títulos profissionais muito sonantes mas, no fim de contas, não vão além de
matumbos engravatados.
Esse
chefe do Grupo paraLamentar do MPLA também não consegue perceber, nem consegue
aprender, a diferença entre Liderança e Chefia.
O último Líder africano, reconhecido como tal, mundialmente, foi o Nelson
Mandela. A política internacional tem uma falta enorme de líderes. Angola, neste
momento, não possui líderes mas apresenta um número muito elevado de Chefes Cabritistas obedientes
ao Comandante-Chefe, que pratica demasiados sacrilégios sociais para poder ser
considerado um ser humano respeitável, honesto, coerente e visionário. O
Comandante-Chefe não é respeitado como Líder, é temido como Chefe,
dispendiosamente acessorado e mantido por Kapangas Cangaceiros, vulgarmente
designados por Milícias, Polícias, Sinfos e Esquadrões da Morte,
etc.
É
neste tipo de cultura anquilosada que esse Chefe do Grupo paraLamentar do MPLA
pede ao universo social angolano para não confundir o combate à pobreza com a
inveja dos pobres contra os ricos, porque todos são necessários para uma Angola
plural. Este analfabeto sistémico, assimilado cabritista, acha que a luta pelos
direitos, valores da dignidade e da justiça social é inveja dos pobres. De facto, quanto mais plural for o número de
pobres em Angola melhor é o serviço que este asimilado presta aos seus chefes,
com com uma doentia falta de visão para a melhoria do bem estar de todos os
cidadãos e com uma missão abjecta, déspota. O seu servilismo, sempre disponível
para com os seus Chefes e o Comandante-Chefe, tem por objectivo ficar com as
sobras . E, pelo que se percebe, não se dá mal com isso, até consegue ser um dos
chefes do Grupo paraLamentar do MPLA, zurrista, constituvigarista e aceite como
bajulador engravatado, promovido ao estauto de ludibriador
universitário.
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