Wednesday, June 4, 2014


O Comandante-Chefe não é Líder

·         Domingos Kambunji
Um chefe do Grupo paraLamentar do MPLA regressou recentemente com a publicação de mais um enorme texto, num órgão de Cumunicação Oficial, recheado de sofismas e inverdades históricas. Ele tem uma enorme tendência para pensar disparate e quanto mais se alonga no seu discurso maior é o número de bacoradas e defeitos de formação científica que evidencia, no seu fluxo de pensamento cheio de catinga. A grande anedota que apresenta neste último monólogo, muito longo, repetitivo da sua habitual lenga-lenga de incoerência, reside na apresentação do MPLA com uma liderança visionária. Seria mais coerente e verdadeiro apresentá-lo como um partido com uma alcateia salafrária.  Esse Chefe do Grupo paraLamentar não sabe, nem é capaz de aprender, o que é Liderança, o que é Visão e o que é Missão. Se o Chefe do Grupo paraLamentar é assim, imaginem como serão os seus subalternos!...
Que visão tem uma “liderança” que, oportunísticamente, troca de visão como quem muda de camisa? Isso não é liderança, está muito longe de o ser, é apenas uma cataventica chefia com uma missão: ocupar o cleptómano poder, pelo período de tempo mais prolongado possível, sem uma visão honesta, coerente, adulta, altruísta e civilizada e com uma actuação déspota.
É triste, muito triste, quando alguém que se apresenta como professor universitário, constitucionalista, jurista e parlamentar e não passa de um reles paraLamentar, com uma visão matumba e uma missão bajuladora e oportunista. Talvez a sua eloquência seja suficiente para satisfazer os chefes das “Faz de Conta” universidades emepelianas de Luanda e arredores, não os verdadeiros académicos, os que apresentam honestidade intelectual, reconhecidos internacionalmente. Este tipo de assimilados  que prestam serviço na Universidade José Eduardo dos Santos e na do outro que foi seu antecessor na ditadura, revelam um narcisismo demasiado confrangedor, patego, patético, sanzaleiro, matumbo. 
Nós fomos aprender os conceitos de Visão, Missão e Liderança, na gestão de empresas, em todos as áreas das Ciências Sociais e empresariais, num sistema académico que possui o maior número de universidades no ranking das dez melhores a nível mundial. Sem qualquer megalomania, com a maior simplicidade e humildade, sentimos bastante pena dos alunos que estão a ser ludibriados pelos professores das universidades cabritistas do sistema de ensino do Catambor. Estas universidades nem sequer conseguem estar entre as cem melhores do continente africano. Sentimos um enorme dó e uma grande preocupação pelos alunos que são diplomados por estes demagogos, analfabetos sistémicos, que vão acumulando títulos profissionais muito sonantes mas, no fim de contas, não vão além de matumbos engravatados.
Esse chefe do Grupo paraLamentar do MPLA também não consegue perceber, nem consegue aprender, a diferença entre Liderança e Chefia.  O último Líder africano, reconhecido como tal, mundialmente, foi o Nelson Mandela. A política internacional tem uma falta enorme de líderes. Angola, neste momento, não possui líderes mas apresenta um número  muito elevado de Chefes Cabritistas obedientes ao Comandante-Chefe, que pratica demasiados sacrilégios sociais para poder ser considerado um ser humano respeitável, honesto, coerente e visionário. O Comandante-Chefe não é respeitado como Líder, é temido como Chefe, dispendiosamente acessorado e mantido por Kapangas Cangaceiros, vulgarmente designados por Milícias, Polícias, Sinfos e Esquadrões da Morte, etc.
É neste tipo de cultura anquilosada que esse Chefe do Grupo paraLamentar do MPLA pede ao universo social angolano para não confundir o combate à pobreza com a inveja dos pobres contra os ricos, porque todos são necessários para uma Angola plural. Este analfabeto sistémico, assimilado cabritista, acha que a luta pelos direitos, valores da dignidade e da justiça social é inveja dos pobres.  De facto, quanto mais plural for o número de pobres em Angola melhor é o serviço que este asimilado presta aos seus chefes, com com uma doentia falta de visão para a melhoria do bem estar de todos os cidadãos e com uma missão abjecta, déspota. O seu servilismo, sempre disponível para com os seus Chefes e o Comandante-Chefe, tem por objectivo ficar com as sobras . E, pelo que se percebe, não se dá mal com isso, até consegue ser um dos chefes do Grupo paraLamentar do MPLA, zurrista, constituvigarista e aceite como bajulador engravatado, promovido ao estauto de ludibriador universitário.

No comments:

Post a Comment