Sunday, July 6, 2014


O Cágado e o Cagádo

·         Domingos Kambunji

Quando vires e ouvires um cagádo, em cima de uma mulemba, a relembrar ecolalicamente, as fogueiras da Jamba, alguém o pôs lá, para tentar disfarçar os fuzilamentos, a repressão e  a engorda de jacarés do Bengo com carne humana, práticas habituais do Reigime de Luanda. Ele invoca as fogueiras da Jamba para que as pessoas pensem que as balas de Luanda não fuzilaram muitíssimos mais angolanos
Os cágados, tal como o cagádo, são incapazes de subir às árvores. Ambos possuem um processamento mental muito lento e estão, assim, incapacitados de ascenderem social e intelectualmente, na vertical ou na diagonal.
Os cágados são, muitas vezes, adoptados como animais de estimação. O cagádo, revelando demasiado bolor cerebral e facial, foi adoptado e é usado como animal “acirração”, na defesa da fraude e da corrupção, do nepotismo e do cabritismo, da ditadura e da repressão. Ele procura, de todas as maneiras possíveis, desviar a atenção dos angolanos para a vergonhosa desigualdade social e injustiça na distribuição dos rendimentos que o poder, abusivamente, pratica, manchando o bom nome do país.
O cagádo, eunuco mental, só bota faladura quando sente-se bem protegido pelos polícias, milícias e esquadrões da morte da Ditadura. Sózinho acobarda-se, tem receio de chiar ou zurrar, uivar ou rosnar. Ele ressona, muito frequentemente, nos momentos em que é pago para incitar ao ódio e criticar negativamente a diversidade de pensamento e opinião, a liberdade de reunião e de manifestação e, sobretudo, o pensamento crítico construtivo.
O cagádo, como ser pouco racional, tem muita inveja de todos os que possuem elevada capacidade para pensar e vivem honestamente sem dependerem das douradas petroleiras migalhas de pirão, que o seu patrão lhe atira para o chão, ou para uma manjedoura construída para alimentar todos os que vivem no curral dos ógãos de propaganda e informação oficial do Reigime de Luanda, mais conhecidos por órgãos de cumunicação.
O cagádo tem um enorme receio e grande vergonha de mostrar os dentes, por estarem demasiado cariados com a ideologia do medo, do sangue, da morte e da batota, que é obrigado a engolir, digerir e a defecar nos seus escritos, como individualidade de má nota.
O desenvolvimento de mentalidades adultas e democráticas deveria ser cultivado e regado por individualidades bem formadas, inteligentes, que assim contribuiriam para a construção de uma sociedade mais justa, equilibrada e culta. Infelizmente, esse papel é desempenhado pelos cagádos cabritistas que, abusivamente, tal como no tempo colonial, desejam que as pessoas raciocinem à velocidade de cágados e avancem social e mentalmente num passo de lesma ou de carangueijo.  Isso facilita o surgimento dos novos ricos, multimilionários e bilionários, e sabota o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e harmosiosa em Angola.
Os cagádos do sistema, especialmente os que rastejam no lodo dos órgãos de cumunicação e propaganda de Luanda, chico-espertos a desestabilizarem e defraudarem, incapazes de comunicar e debater ideias para a melhoria das mentalidades,  são protegidos por uma oligarquia, uma micro-minoria, que, paranoicamente, teme a evolução da sociedade para padrões semelhantes aos dos países que se apresentam como timoneiros na valorização dos direitos humanos e da dignidade social dos seus cidadãos.
A memória do cagádo situa-se exclusivamente na pré-história das sinergias do desenvolvimento global sustentado e moderno, em nada contribuem para a melhoria da realidade social angolana presente e, sobretudo, para a futura. Os angolanos de agora necessitam de memórias mais dinâmicas, mais inteligentes, necessitam de construir referências de futuro, próximo e distate, para que não fiquem ainda mais ultrapassados pelo tempo e colonizados por mentalidades anquilosadas e apodrecidas.
O cagádo luta contra a evolução e modernização de mentlidades, usando os seus escritos oriundos da sua obstipação cerebral. O cagádo é bem remunerado para disparatar do topo da molemba onde foi colocado, inspirado nos valores coloniais de outrora e tentando proteger as normas feudais de agora, os valores anti-nacionais. 

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