Saturday, July 26, 2014

Um sorriso amarelo sem verde

 *Domingos Kambunji
As crónicas que custam mais de Cem Mil Euros por ano ao herário público, publicadas no pasquim oficial pelo Artur, às vezes Álvaro, as dedicadas ao mundial de futebol, foram, nas últimas semanas, uma triste comédia de bradar aos céus. Cem Mil Euros pagos pelo pasquim oficial por tão parca imaginação, criatividade matumba e visão muito retrógrada... Isso é esbanjar dinheiro público!... Elas, se não iam visitar e matar saudades do tempo colonial, iam buscar recordações de música, de rimas e de personalidades que pouco ou nada dizem à geração actual e pouco têm a ver com a realidade e os anseios da sociedade angolana do presente. É natural que quem se inspira no bolor só pode querer promover e homenagear os elementos da gerontocracia cleptómana, imposta à sociedade de Angola, que enrica os principais diGerentes com a kapercentagem dos dinheiros públicos.
Os vícios de linguagem, inspirados na cultura política vigente no país, facilitam a gestação e publicação de gafes que projectam os serventes dos ógãos de informação e propaganda do poder para o estatuto de bobos da corte, muito totós.  As pessoas inteligentes soltam sorrisos amarelos, por dó e caridade. Uma dessas bojardas surgiu numa das crónicas, que custam mais de Cem Mil Euros por ano aos cofres do Estado, onde o Mega-remunerado escritor, tendo em conta a fraca qualidade dos seus escritos, afirma de que na hora em que ele estava a escrever os seus pensamentos anquilosados, “o Brasil impõe os seu futebol aos tanques de guerra alemães (panzers)”. Deitou foguetes antes do tempo. Gargalhada geral por esta bojarda, a nível nacional e mundial, e, em simultâneo,  tristeza para os que, como nós, eramos apoiantes, de sofá, da equipa do Brasil.  O Brasil perdeu por 7-1.
Isto só demonstra de que o escriba Mega-remunerado, o que abifa mais de Cem Mil Euros por ano dos cofres do Estado, o que foi recentemente desmascarado pelo Raul Danda devido às suas actividades predadoras, no momento de gatafunhar no papel os seus pensamentos encontra-se pouco lúcido, pouco clarividente e com alucinações preocupantes. Só ele é que foi capaz de ver o Brasil a impor o seu futebol.  As pessoas, em todo o mundo, viram o Brasil a ser humilhado e cilindrado com a pior derrota na história do futebol brasileiro em campeonatos do mundo.
No futebol. Como na política, os dominadores nem sempre são os vencedores. Aconteceu isso com o colonialismo, assim irá acontecer com o actual cabritismo angolano, acontece isso nas tácticas mais modernas de futebol em que algumas equipas permitem o domínio do adversário, sem causar perigo, para depois poderem marcar golos em contra-ataque e ganharem os desafios.  No futebol, não há imposições, há vitórias ou derrotas, com maior ou menor domínio do adversário. O adversário não deverá ser visto como um inimigo, como que acontece, paranoicamente, na cultura política imposta pelo  actual Reigime angolano.
Em Angola, país onde há pouco diálogo e muitas imposições, os árbitros favorecem sempre a equipa que tem as vitórias eleitorais pré-cozinhadas.  Há quem diga que as imposições do poder começam com os resultados eleitorais pré-fabricados e depois estendem-se por muitas áreas da economia e finanças, pela emergência e engorda dos novos ricos, pela gestão e funcionamento do paraLamento, pela aprovação da famosa “Constitrição Atípica”, pelas leis e pelos julgamentos nos tribunais e, sobretudo, pela maneira de gerir as receitas dos recursos naturais, as mentalidades e a forma ditatorial de controlar a mensagem na informação dos órgãos oficiais de “cumunição” e propaganda, escrita, falada e televisiva.
Este escriba que viu o Brasil a “impor o seu futebol aos tanques de guerra alemães” é o mesmo que, mercenária e fanáticamente, afirma, com uma frequência doentia, de que o Reigime angolano é democrático e o partido do governo zela pelo bem estar e pela melhoria de qualidade de vida dos cidadãos de Angola.  Grande falácia! A sua patologia não é só de origem oftalmológica! A sua lucidez, quando pensa e escreve, é muitíssimo distorcida, delirante, como demonstra a afirmação sobre o jogo entre o Brasil e a Alemanha, em que a equipa brasileira foi humilhantemente derrotada.
O Artur, por vezes Álvaro, até conseguiu ver o Che Guevara a jogar pela Argentina: “ ele também entrou em campo no Estádio do Corinthians, em São Paulo; defendeu, atacou, lutou e ganhou.”. O jornalista mercenário baralha as realidades ou deve ter assistido a esse jogo como telespectador da TPA, que apresenta, frequentemente, mensagens distrorcidas e imagens manipuladas, para tentar esconder a verdade e a injustiça social em Angola.  O Che Guevara, depois de ter sido paiado pelos irmãos Castro de Cuba, já encartou o estojo há muito tempo, após ter sido cobardemente fuzilado, como o MPLA fez com muitos angolanos no 27 de Maio e durante a Guerra  Civil. Só o Artur, às vezes Álvaro, consegiu ver o Che Guevara a jogar no Campeonato do Mundo de Futebol do Brasil, pela Argentina. Os registos dizem que o Che não fez parte dos jogadores de campo nem dos suplentes utilizados e não utilizados e que, se fosse vivo, abominaria a política social do zeduardismo, tão fanaticamente exaltada pelo Artur, por vezes Álvaro. 
Outro facto que ressalta da mensagem deste servidor da “cumunicação” social angolana, pago a peso de ouro, petróleo e diamantes, é a linguagem que utiliza nos seus escritos incendiários para referir-se à equipa de futebol da Alemanha: “tanques de guerra alemães (panzers)”. O futebol deve ser confraternização e competição, somente. Não é uma guerra.
Será que a selecção nacional de futebol Angola, “Os Palancas”, vai passar a ser designada por “Os Fuziladores do 27 de Maio”? Ou por “Os Sanguinários Iniciadores da Guerra Civil Angolana”? Ou por Os Delapidadores das Receitas dos Recursos Naturais? Ou por “Os Jacarés do Bengo”?
Nós rejeitamos profundamente que alguém tente alterar a designação “Os Palancas”. No que se refere ao colaborador do pasquim oficial do Reigime, o Artur, por vezes Álvaro, o que ganha mais de Cem Mil Euros por ano, só para provocar desavenças e incitar ao ódio, não temos a certeza, porque o mercenarismo e o viracasaquismo são capazes de tudo.

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