Um sorriso amarelo sem verde
*Domingos
Kambunji
As
crónicas que custam mais de Cem Mil Euros por ano ao herário público, publicadas
no pasquim oficial pelo Artur, às vezes Álvaro, as dedicadas ao mundial de
futebol, foram, nas últimas semanas, uma triste comédia de bradar aos céus. Cem
Mil Euros pagos pelo pasquim oficial por tão parca imaginação, criatividade
matumba e visão muito retrógrada... Isso é esbanjar dinheiro público!... Elas,
se não iam visitar e matar saudades do tempo colonial, iam buscar recordações de
música, de rimas e de personalidades que pouco ou nada dizem à geração actual e
pouco têm a ver com a realidade e os anseios da sociedade angolana do presente.
É natural que quem se inspira no bolor só pode querer promover e homenagear os
elementos da gerontocracia cleptómana, imposta à sociedade de Angola, que enrica
os principais diGerentes com a kapercentagem dos dinheiros públicos.
Os
vícios de linguagem, inspirados na cultura política vigente no país, facilitam a
gestação e publicação de gafes que projectam os serventes dos ógãos de
informação e propaganda do poder para o estatuto de bobos da corte, muito
totós. As pessoas inteligentes soltam
sorrisos amarelos, por dó e caridade. Uma dessas bojardas surgiu numa das
crónicas, que custam mais de Cem Mil Euros por ano aos cofres do Estado, onde o
Mega-remunerado escritor, tendo em conta a fraca qualidade dos seus escritos,
afirma de que na hora em que ele estava a escrever os seus pensamentos
anquilosados, “o Brasil impõe os seu futebol aos tanques de guerra alemães
(panzers)”. Deitou foguetes antes do tempo. Gargalhada geral por esta bojarda, a
nível nacional e mundial, e, em simultâneo,
tristeza para os que, como nós, eramos apoiantes, de sofá, da equipa do
Brasil. O Brasil perdeu por 7-1.
Isto
só demonstra de que o escriba Mega-remunerado, o que abifa mais de Cem Mil Euros
por ano dos cofres do Estado, o que foi recentemente desmascarado pelo Raul
Danda devido às suas actividades predadoras, no momento de gatafunhar no papel
os seus pensamentos encontra-se pouco lúcido, pouco clarividente e com
alucinações preocupantes. Só ele é que foi capaz de ver o Brasil a impor o seu
futebol. As pessoas, em todo o mundo,
viram o Brasil a ser humilhado e cilindrado com a pior derrota na história do
futebol brasileiro em campeonatos do mundo.
No
futebol. Como na política, os dominadores nem sempre são os vencedores.
Aconteceu isso com o colonialismo, assim irá acontecer com o actual cabritismo
angolano, acontece isso nas tácticas mais modernas de futebol em que algumas
equipas permitem o domínio do adversário, sem causar perigo, para depois poderem
marcar golos em contra-ataque e ganharem os desafios. No futebol, não há imposições, há vitórias ou
derrotas, com maior ou menor domínio do adversário. O adversário não deverá ser
visto como um inimigo, como que acontece, paranoicamente, na cultura política
imposta pelo actual Reigime
angolano.
Em
Angola, país onde há pouco diálogo e muitas imposições, os árbitros favorecem
sempre a equipa que tem as vitórias eleitorais pré-cozinhadas. Há quem diga que as imposições do poder
começam com os resultados eleitorais pré-fabricados e depois estendem-se por
muitas áreas da economia e finanças, pela emergência e engorda dos novos ricos,
pela gestão e funcionamento do paraLamento, pela aprovação da famosa
“Constitrição Atípica”, pelas leis e pelos julgamentos nos tribunais e,
sobretudo, pela maneira de gerir as receitas dos recursos naturais, as
mentalidades e a forma ditatorial de controlar a mensagem na informação dos
órgãos oficiais de “cumunição” e propaganda, escrita, falada e
televisiva.
Este
escriba que viu o Brasil a “impor o seu futebol aos tanques de guerra alemães” é
o mesmo que, mercenária e fanáticamente, afirma, com uma frequência doentia, de
que o Reigime angolano é democrático e o partido do governo zela pelo bem estar
e pela melhoria de qualidade de vida dos cidadãos de Angola. Grande falácia! A sua patologia não é só de
origem oftalmológica! A sua lucidez, quando pensa e escreve, é muitíssimo
distorcida, delirante, como demonstra a afirmação sobre o jogo entre o Brasil e
a Alemanha, em que a equipa brasileira foi humilhantemente
derrotada.
O
Artur, por vezes Álvaro, até conseguiu ver o Che Guevara a jogar pela Argentina:
“ ele
também entrou em campo no Estádio do Corinthians, em São Paulo; defendeu,
atacou, lutou e ganhou.”.
O jornalista mercenário baralha as realidades ou deve ter assistido a esse jogo
como telespectador da TPA, que apresenta, frequentemente, mensagens distrorcidas
e imagens manipuladas, para tentar esconder a verdade e a injustiça social em
Angola. O Che Guevara, depois de ter
sido paiado pelos irmãos Castro de Cuba, já encartou o estojo há muito tempo,
após ter sido cobardemente fuzilado, como o MPLA fez com muitos angolanos no 27
de Maio e durante a Guerra Civil. Só o
Artur, às vezes Álvaro, consegiu ver o Che Guevara a jogar no Campeonato do
Mundo de Futebol do Brasil, pela Argentina. Os registos dizem que o Che não fez
parte dos jogadores de campo nem dos suplentes utilizados e não utilizados e
que, se fosse vivo, abominaria a política social do zeduardismo, tão
fanaticamente exaltada pelo Artur, por vezes Álvaro.
Outro
facto que ressalta da mensagem deste servidor da “cumunicação” social angolana,
pago a peso de ouro, petróleo e diamantes, é a linguagem que utiliza nos seus
escritos incendiários para referir-se à equipa de futebol da Alemanha: “tanques
de guerra alemães (panzers)”. O futebol deve ser confraternização e competição,
somente. Não é uma guerra.
Será
que a selecção nacional de futebol Angola, “Os Palancas”, vai passar a ser
designada por “Os Fuziladores do 27 de Maio”? Ou por “Os Sanguinários
Iniciadores da Guerra Civil Angolana”? Ou por Os Delapidadores das Receitas dos
Recursos Naturais? Ou por “Os Jacarés do Bengo”?
Nós
rejeitamos profundamente que alguém tente alterar a designação “Os Palancas”. No
que se refere ao colaborador do pasquim oficial do Reigime, o Artur, por vezes
Álvaro, o que ganha mais de Cem Mil Euros por ano, só para provocar desavenças e
incitar ao ódio, não temos a certeza, porque o mercenarismo e o viracasaquismo
são capazes de tudo.
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