Os
“Tom Cryers” da Desmocracia
·
Domingos
Kambunji - in Folha8
Não
deixa de ser cómico ver e ouvir os “Tom Cryers” do Reigime, os defensores,
durante muitos anos, da “desmocracia de partido único”, a tentarem dar lições
sobre Democracia aos que, desde sempre, defendem valores democráticos para a
sociedade angolana. E a maior comicidade reside no facto de esses “Tom Cryers”
manifestarem repulsa contra todos os que apoiam a diversidade de pensamento,
opinião e manifestação, na defesa do pluralismo das ideias. Esses “Tom Cryers”
ainda não se habituaram à existência da crítica construtiva, das opiniões
diferentes, porque, também eles, têm de obedecer ao pensamento único ditado pelo
“Lider Querido” do Reigime Feudal Cabritista.
Os
ingénuos acham estranhas essas lições sobre democracia vomitadas pelos “Tom
Cryers” do Reigime angolano. A grande admiração reside no facto de esses
papagaios, acéfalos, eunucos intelectuais, defensores da “desmocracia de partido
único” durante as últimas quatro décadas, subirem ao palanque para criticarem os
elementos da oposição, por este últimos pensarem com as suas cabeças e opinarem
com coerência e razão. É, de facto, muito poluente a ambiguidade desses pagos
com trinta dinheiros, abifados do BESA ou das receitas dos recursos naturais,
tentando fingir fazerem a apologia do que refutam nas suas práticas do dia-a-dia
na Republicana-Monarquia.
Seguindo
o ditado “faz o que São Tomás diz, não faças o que ele faz”, será construtivo,
para a sociedade angolana, que os opositores do Reigime continuem a apostar nas
práticas que desmascaram a corrupção e o despoismo do paraLamento angolano e das
actuações dos poderes judicial, legislativo e executivo, propriedade do Senhor
Feudal, patrono supremo da corrupção e do chico-espertismo
cabritista.
Esses
“Tom Cryers”, nas suas crónicas sanzaleiras, acabam por elogiar e apoiar os
elementos da oposição, sem se aperceberem de que estão a fazê-lo. Todavia, temos
a certeza de que esses pensamentos regurgitados, plagiados de pensadores
inteligentes, são hipócritas e nada mais são do que uma estratégia para
disfarçar o muito que vai mal no Reigime Feudal
Cabritista.
Os
“Tom Cryers” do Reigime defendem que a
democracia não é um produto acabado, pronto a ser consumido. De facto a
democracia aperfeiçoa-se no dia-a-dia com as práticas que contribuem para uma
maior harmonia social. Não é isso o que observamos nos comportamentos e nas
atitudes do Movimento Protector dos Larápios de Angola. As liberdades de opinião
e manifestação são reprimidas violentamente, nalguns casos com o fuzilamento de
cidadãos angolanos, verdadeiramente democratas e defendores dos direitos
humanos. Os cangaceiros, carrascos fardados ou não, gozam da maior impunidade,
concedida pela oligarquia dos mamões no teto da porca da desmocracia ou da
democracia muito porca.
Nas
verdadeiras democracias as autoridades respondem em tribunal por abusos de
poder. Na Républicana-Monarquia angolana
a violência das forças policiais, militares, para-militares e de outros
cangaceiros é aplaudida por esses papagaios acéfalos, eunucos intelectuais. O
argumento principal para essa apologia consiste em desenterrar teorias do
passado, inspiradas no estalinismo, agora cada vez mais presentes e suportadas
pelo putinismo que guia os sobas do Movimento Protector dos Larápios de
Angola.
No
passado existiram dois exércitos que se degladiavam numa guerra civil, na luta
pelo poder. Hoje o MPLA é proprietário do exército único e de todos os
cangaceiros do executivo, e dos dos sistemas judicial e legislativo que garantem
a segurança e continuidade da cleptocracia. Ninguém tem autoridade e
possibilidade de levatar o dedo para reclamar das injustiças vergonhosamente
evidentes, porque arrisca-se a ser criticado pelos “Tom Cryers” do Reigime
Feudal ou, em última instância, a ser eliminado do universo dos vivos, por
invadir o perímetro de segurança do Palácio Feudal
Cabritista.
No comments:
Post a Comment