Sunday, February 3, 2013



Tivesse a selecção nacional de futebol se qualificado para os quartos-de-final no Campeonato Africano das Nações, que decorre na África do Sul, e os ânimos hoje no país seriam outros. Estaríamos a exultar de alegria e não pouparíamos os mais rasgados elogios à federação, ao treinador e aos atletas. Seriam tratados como heróis e os atletas que porventura tivessem tido papel decisivo na qualificação e de levar a selecção ainda mais longe, aí onde nunca chegámos, seriam levados ao colo.

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O antes foram todas essas expectativas criadas e espalhadas aos quatro ventos. O depois é o facto de termos constatado que os adversários foram superiores à nossa equipa, cujo pecúlio foi magro, com uma participação que nos obriga a repensar o nosso futebol.

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Embora se diga que a bola é redonda e no futebol o resultado é imprevisível, hoje por hoje nem todos os resultados são imprevisíveis. É previsível que um país, não tendo o seu futebol devidamente estruturado e sólido e um alinhamento com a estratégia de produção de novos talentos e renovação de atletas, não consiga ter bons resultados nas grandes competições e se os tiver, serão efémeros e descontínuos.

Tivesse a governação nacional se qualificado para o Campeonato Africano das Nações Democráticas e Transparentes  e os ânimos hoje no país seriam outros. Estaríamos a exultar de alegria e não pouparíamos os mais rasgados elogios à governação, ao presidente e aos ministros. Seriam tratados como heróis e os dirigentes que porventura tivessem tido papel decisivo na qualificação e de levar o país ainda mais longe, aí onde nunca chegámos, seriam levados ao colo.

O antes foram todas essas expectativas criadas e espalhadas aos quatro ventos. O depois é o facto de termos constatado de que os adversários são superiores à nossa equipa, cujo pecúlio é magro, com uma participação que nos obriga a repensar o nosso planeamento e dirigismo nacional.

 
Embora se diga no futebol de que a bola é redonda e o  resultado é imprevisível, hoje sabemos que os resultados obtidos pelos diGerentes da Cleptocracia eram, há muito, totalmente previsíveis. É previsível que um país, não tendo o seu governo devidamente estruturado e sólido e um alinhamento com a estratégia de produção de novos talentos e promoção da honestidade, não consiga ter bons resultados nas grandes competições e se os tiver, serão efémeros e descontínuos.

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