A
Batalha do Kuito-Carnaval
·
Domingos
Kambunji
A
verdadeira História é escrita por seres humanos sérios, honestos e
académicamente bem formados. A historieta de cordel descrita e escrita pelo MPLA
carece de independência intelectual e da veracidade a que devem obedecer as
Ciências Sociais, sem cabritismo, gasosismo, sofismas e
falácias.
O
João Pinto, especialista na colagens dos pensamentos e observações de outros,
que são verdades muito subjectivas, estende-se em demorados textos para dizer
muito pouca coisa, para além das historietas e lendas inventadas e escritas pelo
MPLA.
Há
um número quase infinito de perguntas que se podem colocar aos historiadores do
musseque presidencial, os que inventam e propagandeiam heróis de acordo com as
necessidades de cada momento, as circunstâncias e os interesses do actual poder
ditatorial e dos seus serventes mais directos, como é o caso do João Pinto.
Claro que essas perguntas não as colocamos ao João Pinto porque já chegámos à
conclusão de que ele é especialista de tanta coisa que, no fim de contas, acaba
por ser especialista de coisa nenhuma, com um rigor científico muitíssimo
matumbo.
1.
Em
primeiro lugar, se o MPLA é a maior perfeição de todas as perfeições, porque
iniciou a guerra civil em Angola, com a conivência dos militares de extrema
esquerda de Portugal, tentando implantar um poder ditatorial, não
democrático?
2.
Se
o MPLA é um movimento defensor dos direitos humanos porque se envolveu nos
fuzilamentos do 27 de Maio e porque teme a elaboração de um Livro Branco sobre
esses vergonhosos aconteceimentos que tiraram a vida a muitas dezenas de milhar
de angolanos.
3.
O
MPLA venceu a guerra porque conseguiu matar muitíssimo mais. Essa é a grande
verdade. Se O MPLA iniciou uma guerra para defender os ideais do comunismo
soviético, derrotados com a queda do muro de Berlim, porque trocou de ideologia
e não influenciou os seus padrastos cubanos a fazerem o
mesmo?
4.
O
exército sul-africano apoiou uma força da oposição. As FAPLA foram apoiadas por
militares de regimes democráticos? [Que se saiba, Cuba e a Rússia (naquela época
e agora cada vez mais) estão de costas viradas para a Carta Universal dos
Direitos Humanos.]
5.
É
demasiada a megalomania dos angolanos cabritistas quando pretendem associar a
vitória do Kuito-Carnaval à implantação da democracia na África do Sul. Se essa
vitória foi assim tão retumbante e iniquívoca, porque avançaram as FAPLA para a Batalha do Assalto Final, que se
transformou num assalto Falhal, transmitida em directo e em outro tipo de
reportagens em canais de televisão internacionais?
6.
Os
movimentos sociais e de protesto sul-africanos não são os principais
responsáveis pela implantação da democracia no país do arco-iris? Para os Joãos
Pintos e Vergílios não. O grande mérito não é do Mandela, dos movimentos de
luta, de protesto e das fortes pressões internacionais de países democráticos?
É do
José Eduardo dos Santos, o soba máximo da ditadura angolana, e dos velhos czares
cubanos e dos novos czares soviéticos?
7.
Admira-nos
o José Eduardo dos Santos, “patrono da democracia sul-africana” não ter dado
ordem de expulsão ao Presidente Obama, quando este, no funeral de Nelson
Mandela, discursou criticando os regimes africanos corruptos, como é o caso do
angolano? Será que o João Pinto interveio junto do Zédu, pedindo para não
expulsar o Presidente Obama do território da África do Sul, para evitar uma
guerra contra os americanos, da qual saíria vencedor, com toda a certeza, o
exército das FAPLA, comandado pelos Generais paiLamas do sistema, numa Batalha
do Kuito-Carnaval versão número 2?
8.
Qual
vai ser a próxima ideologia do MPLA, quando os Órgãos de Cumunicação e
Propaganda do Reigime, que são incapazes de comunicar, apenas de informar,
conseguirem convencer os angolanos de que o Partido Cabritista Marxista
Leninista e Capitalista Selvagem obteve, democráticamente, sem qualquer
manipulação eleitoral, 180% dos votos dos eleitores?
O
João Pinto, se quiser continuar a beneficiar das regalias oferecidas pelo
Reigime de Angola, nos próximos artigos vão ter de informar os angolanos de que
o José Eduardo dos Santos é o autor/inventor de todas as inovações que ocorreram
nos séculos XX e XXI na Medicina, Física, Química, Astrologia, Matemática,
Literatura, Guerra e de muitas mais ciências que a sua imaginação obediente ao
musseque presidencial seja capaz de inventar. Nesses artigos vai necessitar de
colar muitas citações do Jornal de Angola, da TPA e da RNA, para parecer ter
muito rigor científico na defesa da atribuição ao Zédu do Prémio Ignóbil das Pás
para enterrar os angolanos mortos nas guerras e durante a repressão
actual.
A
terminar, regressando à retumbante vitória do Kuito-Carnaval, o MPLA venceu essa
batalhadas e as novas versões da mesma que se caracterizam pelo espancamento e
fuzilamento de todos os que acreditam que no futuro irá existir um regime
democráto em Angola. Foi por essa razão que aumentou as despesas militares no
Orçamento do Estado e comprou os aviões de guerra que os neo-soviéticos tinham
para enviar para a sucata. Nestas novas versões do Kuito-Carnaval o MPLA tem
como importantes aliados os Jacarés do Bengo.
O
João Pinto corre o risco de ser humilhado com a tribuição do próximo Prémio
Anual do Jornal de Angola, para distinguir as figuras que destacam-se na defesa
irracional do Cabritismo.
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