Tuesday, May 13, 2014


A Batalha do Kuito-Carnaval
·        Domingos Kambunji
 A verdadeira História é escrita por seres humanos sérios, honestos e académicamente bem formados. A historieta de cordel descrita e escrita pelo MPLA carece de independência intelectual e da veracidade a que devem obedecer as Ciências Sociais, sem cabritismo, gasosismo, sofismas e falácias.
O João Pinto, especialista na colagens dos pensamentos e observações de outros, que são verdades muito subjectivas, estende-se em demorados textos para dizer muito pouca coisa, para além das historietas e lendas inventadas e escritas pelo MPLA.
Há um número quase infinito de perguntas que se podem colocar aos historiadores do musseque presidencial, os que inventam e propagandeiam heróis de acordo com as necessidades de cada momento, as circunstâncias e os interesses do actual poder ditatorial e dos seus serventes mais directos, como é o caso do João Pinto. Claro que essas perguntas não as colocamos ao João Pinto porque já chegámos à conclusão de que ele é especialista de tanta coisa que, no fim de contas, acaba por ser especialista de coisa nenhuma, com um rigor científico muitíssimo matumbo.
1.      Em primeiro lugar, se o MPLA é a maior perfeição de todas as perfeições, porque iniciou a guerra civil em Angola, com a conivência dos militares de extrema esquerda de Portugal, tentando implantar um poder ditatorial, não democrático?
2.    Se o MPLA é um movimento defensor dos direitos humanos porque se envolveu nos fuzilamentos do 27 de Maio e porque teme a elaboração de um Livro Branco sobre esses vergonhosos aconteceimentos que tiraram a vida a muitas dezenas de milhar de angolanos.
3.    O MPLA venceu a guerra porque conseguiu matar muitíssimo mais. Essa é a grande verdade. Se O MPLA iniciou uma guerra para defender os ideais do comunismo soviético, derrotados com a queda do muro de Berlim, porque trocou de ideologia e não influenciou os seus padrastos cubanos a fazerem o mesmo?
4.    O exército sul-africano apoiou uma força da oposição. As FAPLA foram apoiadas por militares de regimes democráticos? [Que se saiba, Cuba e a Rússia (naquela época e agora cada vez mais) estão de costas viradas para a Carta Universal dos Direitos Humanos.]
5.     É demasiada a megalomania dos angolanos cabritistas quando pretendem associar a vitória do Kuito-Carnaval à implantação da democracia na África do Sul. Se essa vitória foi assim tão retumbante e iniquívoca, porque avançaram as FAPLA  para a Batalha do Assalto Final, que se transformou num assalto Falhal, transmitida em directo e em outro tipo de reportagens em canais de televisão internacionais?
6.    Os movimentos sociais e de protesto sul-africanos não são os principais responsáveis pela implantação da democracia no país do arco-iris? Para os Joãos Pintos e Vergílios não. O grande mérito não é do Mandela, dos movimentos de luta, de protesto e das fortes pressões internacionais de países democráticos? É do José Eduardo dos Santos, o soba máximo da ditadura angolana, e dos velhos czares cubanos e dos novos czares soviéticos?
7.     Admira-nos o José Eduardo dos Santos, “patrono da democracia sul-africana” não ter dado ordem de expulsão ao Presidente Obama, quando este, no funeral de Nelson Mandela, discursou criticando os regimes africanos corruptos, como é o caso do angolano? Será que o João Pinto interveio junto do Zédu, pedindo para não expulsar o Presidente Obama do território da África do Sul, para evitar uma guerra contra os americanos, da qual saíria vencedor, com toda a certeza, o exército das FAPLA, comandado pelos Generais paiLamas do sistema, numa Batalha do Kuito-Carnaval versão número 2?
8.    Qual vai ser a próxima ideologia do MPLA, quando os Órgãos de Cumunicação e Propaganda do Reigime, que são incapazes de comunicar, apenas de informar, conseguirem convencer os angolanos de que o Partido Cabritista Marxista Leninista e Capitalista Selvagem obteve, democráticamente, sem qualquer manipulação eleitoral, 180% dos votos dos eleitores?
O João Pinto, se quiser continuar a beneficiar das regalias oferecidas pelo Reigime de Angola, nos próximos artigos vão ter de informar os angolanos de que o José Eduardo dos Santos é o autor/inventor de todas as inovações que ocorreram nos séculos XX e XXI na Medicina, Física, Química, Astrologia, Matemática, Literatura, Guerra e de muitas mais ciências que a sua imaginação obediente ao musseque presidencial seja capaz de inventar. Nesses artigos vai necessitar de colar muitas citações do Jornal de Angola, da TPA e da RNA, para parecer ter muito rigor científico na defesa da atribuição ao Zédu do Prémio Ignóbil das Pás para enterrar os angolanos mortos nas guerras e durante a repressão actual.
A terminar, regressando à retumbante vitória do Kuito-Carnaval, o MPLA venceu essa batalhadas e as novas versões da mesma que se caracterizam pelo espancamento e fuzilamento de todos os que acreditam que no futuro irá existir um regime democráto em Angola. Foi por essa razão que aumentou as despesas militares no Orçamento do Estado e comprou os aviões de guerra que os neo-soviéticos tinham para enviar para a sucata. Nestas novas versões do Kuito-Carnaval o MPLA tem como importantes aliados os Jacarés do Bengo.
O João Pinto corre o risco de ser humilhado com a tribuição do próximo Prémio Anual do Jornal de Angola, para distinguir as figuras que destacam-se na defesa irracional do Cabritismo.

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