O Bobo da Corte
Aqui deste lado,
na internet, num lugar
que o Rio Beiro apelida de curral,
conseguimos observar
esse varrasco transviado,
capado, amansado
e nomeado
director do pasquim oficial.
Uns chama-lhe o Fuleiro,
outros designam esse eunuco por Bolha:
tem tiques de cão perdigueiro
e é aprendiz de ajudante de trolha
para a defesa e a consolidação
do edifício da corrupção.
o maior
Herói Nacional,
pelo
muito que tem-se esforçado
na
promoção da comédia na África Austral.
A
Republicana-Monarquia,
com muitas
injustiças e embaraços,
necessita
destes palhaços
para
dar alguma alegria
às
populações.
As
pessoas riem das suas opiniões,
demasiadamente
disparatadas,
com muitíssimas
contradições,
tão
evidentemente exageradas
que
para ninguém é mistério
de que
o homem não fala a sério
e o que
tem escrito e apregoado
é tudo
um serviço pensado e ordenado
pelos
grandes predadores,
bem
sentados,
em
posições superiores.
As
pessoas riem, riem às gargalhadas,
riem
sem parar,
até
ficarem sem poderem respirar,
quando
o Bolha delira e fantasia
na
defesa dos ideais de democracia
e
manifesta o seu ruidoso protesto
contra
os que acusam o Zé Du de desonesto.
As
pessoas riem, riem muito, sem parar,
(já não
adianta chorar ou votar)
quando
ele publicita a justiça do Reigime,
plagiando
os pensamentos do Estaline,
e diz
que no país,
um dos líderes
mundiais em corrupção,
existe
liberdade de informação.
As
pessoas riem, riem às gargalhadas
com as
piadas
do
palhaço estúpido
que
parece ter o cérebro entupido,
ou
então faz-se de mal entendido,
propositadamente,
para
proteger o Rei-Presidente.
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